terça-feira, 25 de outubro de 2011

Auto estima e limites


Auto estima e limites

Os resultados de algumas pesquisas mostram que a autoestima dos filhos é maior quando os pais estabelecem e fazem cumprir regras e limites claros. Em contrapartida, quanto maior a liberdade dos filhos menor a sua autoestima. Isso porque a afetividade necessita de gestos concretos para ser avaliada e sentida pelo outro. Não basta dizer que “gosta” se não “cuida”. E esse cuidado envolve uma série de coisas, entre elas a imposição de limites claros e definidos. O filho a quem tudo é permitido, ao invés de sentir-se amado, sente-se pouco importante e começa a criar cada vez mais situações que sirvam para chamar a atenção dos pais sobre si. Logicamente, o intuito do filho não é tornar a vida dos pais insuportável, mas aquilatar o seu grau de importância para eles.

O próprio Jesus nos disse: “...a quem muito se deu, muito se exigirá” (Lc 12, 48). Quando muito se dá e nada se exige, algo está errado. Surge a sensação de pouco caso, tanto faz, indiferença afetiva. Isso é terrível. A indiferença é um dos sentimentos mais desprezíveis entre as pessoas, pois todos possuem a necessidade de se sentir aceitos e estimados. O problema, hoje em dia, entretanto, não se resume à indiferença. Alguns pais, ansiosos por acertarem enquanto educadores procuram fazer tudo o que o filho quer. Acreditam estar demonstrando o seu amor. A questão básica é a mesma, dá-se todo o possível. De um lado o pouco amor, do outro, o muito amor. Só que, como a questão básica é a mesma, o resultado é similar. Filhos revoltados, agressivos, frios emocionalmente, egocêntricos e capazes de qualquer coisa para atingirem os seus objetivos. Uns pelo fato de não terem nada a perder, outros pelo fato de não quererem perder nada. É lamentável.

Lembro do caso que uma colega atendeu onde o adolescente sempre teve “do bom e do melhor” por ser o único filho de um casal amoroso e ávido em agradar sua pequena criança. Quanto mais crescia, mais exigia em termos de satisfazer seus desejos com roupas, calçados e passeios caros, que os pais tinham de “dar duro” para poder custear, pois eram pessoas muito simples materialmente falando. Aos dezessete anos, o rapaz decidiu que queria um carro “zerinho”. Ele falava do veículo o tempo todo: pela manhã, à tarde e à noite. Isso ocorria todos os dias, em todos os momentos, numa sequência interminável e insistente que foi colocando os pais em pânico e paranóia. A coisa chegou a tal ponto que o adolescente se munia de facas e instrumentos contundentes para destruir a residência, ameaçando os pais com violência e frieza. Lembro daqueles dois coitados chorando e se perguntando o que fizeram de errado, e como aquele doce menino havia se transformado num adolescente ensandecido, frio e cruel.

É... A coisa poderia ter sido diferente se os limites tivessem sido impostos e observados desde cedo. Educar é um desafio enorme, ainda mais hoje em dia. Não caia no erro da indiferença ou do mimo excessivo. Prepare-se para a missão mais importante de sua vida. Prepare-se para ser um educador no lar. Seus filhos e a sociedade agradecem!

Fonte: Maria Regina Canhos Vicentin
Local:Jaú (SP)

HOLANDA RECLASSIFICA MACONHA DE MAIOR INTENSIDADE COMO DROGA PESADA!



HOLANDA RECLASSIFICA MACONHA DE MAIOR INTENSIDADE COMO DROGA PESADA!

1. (BBC, 11) Maconha de alta potência deixará de ser vendida em cafés holandeses que comercializam a droga.

Os célebres cafés holandeses que comercializam maconha estão enfrentando novas restrições impostas pelo governo do país.

O governo decidiu reclassificar a maconha mais potente e inclui-la na mesma categoria destinada às drogas pesadas.

De acordo com as autoridades holandesas, o principal agente químico da droga, o THC, está mais forte, o que fez com que a maconha consumida atualmente esteja mais potente do que a que era consumida pela geração anterior.

Com isso, os cafés terão de deixar de vender as altamente populares diferentes variantes da maconha de alta potência.

Segundo os políticos holandeses, a maconha extraforte, conhecida como ''skunk'', é hoje em dia mais perigosa do que antes.

sábado, 15 de outubro de 2011

Show homenageia o Cristo e presenteia os cariocas

A noite de 12 de outubro, data em que o Monumento do Corcovado — símbolo maior do Rio de Janeiro e do Brasil — comemorou 80 anos da sua inauguração, foi de homenagens ao Redentor e um presente musical inesquecível para os cariocas de fato e os de coração. O Show da Paz, no Aterro do Flamengo, reuniu 30 atrações musicais em um belo espetáculo que cantou a beleza da cidade e o acolhimento de sua gente.

Um grande Cristo cenográfico, de braços abertos como o do Corcovado, acolhia às cerca de 60 mil pessoas, segundo a estimativa dos organizadores, que chegavam ao Monumento aos Pracinhas. E nem mesmo a chuva conseguiu diminuir a motivação do público.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Bioética e pesquisa com seres humanos estão em debate no RJ

Bioética e pesquisa com seres humanos estão em debate no RJ

CNBB

Na terça-feira, 4, teve inicio em São Paulo, o “Simpósio de Bioética e Ética em Pesquisa com Seres Humanos”. Nesta quinta-feira, 6, se realiza a última das três noites de debates e discussões com profissionais e pesquisadores da área. O evento é uma realização parceira entre várias entidades. Na abertura, estiveram presentes os representantes das entidades que realizam o Simpósio; padre Rafael Fornasier e padre Vlademir Porreca, assessores da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, Irmã Bernadete Boff, Diretora da Paulinas Editora e Prof. Dr. Pe. Christian de Paul de Barchifontaine do Centro Universitário São Camilo deram as boas vindas aos participantes.

Na Conferência do primeiro dia o Dr. José Eduardo Siqueira (Universidade Estadual de Londrina (PR), discorreu sobre a “Bioética no Curso de Medicina” e falou sobre as três idades da medicina. A primeira e a Idade do Paternalismo em que, segundo o professor, é a medicina sacerdotal, a ética da virtude, da heteronímia, esse é o modelo pré-convencional. Já na Idade da Biotecnologia tem ênfase a medicina da doença, passa a vigorar a ética do contrato, da autonomia solitária é o chamado modelo convencional. E por terceiro vem a Idade da Deliberação é a medicina da pessoa, a ética da deliberação, a autonomia solidária. O professor interpela: “Afinal, que modelo de profissional devemos formar, gerentes de biotecnologias complexas com uma visão biologicista do ser humano (medicina da doença) ou profissionais habilitados à reconhecer o paciente como ser biopsicossocial e espiritual (medicina da pessoa)? – conclui o professor.
Na formação do profissional de medicina hoje o prof. Dr. José Eduardo Siqueira cita Guy Bourgeault: “O desafio aqui evocado transcende a pedagogia. No fundo, o que está em causa é saber se queremos que os profissionais “possuam”ao fim de sua formação as normas, as regras, o código que deve reger suas práticas, ou se deseja que os profissionais tenham desenvolvido competência ética em termos rigorosos e pertinentes.”

O assunto “Bioética e Dignidade Humana” ficou por conta do Prof. Dr. Pe. Christian de Paul de Barchifontaine que iniciou destacando as questões que angustiam o ser humano que são o sentido da vida, a busca da verdade e a busca da felicidade. Segundo o professor, “Enfrentar estes questionamentos, pensá-los criticamente, postular alternativas requer um entrelaçamento das áreas de conhecimento e exige um diálogo entre o social, o econômico e o político” − destaca. Ele ainda ressaltou que: “Seria simplesmente tragicômico a humanidade ter o domínio do mais íntimo da matéria (átomo), do universo (cosmos) e de si própria (gene) e se perder num projeto de morte, sem se entender e organizar num projeto global de mais qualidade de vida e felicidade, utilizando-se dos conhecimentos e instrumentos da tecnociência a sua disposição? – questionou Dr. Pe. Christian de Paul que fez questão de lembrar que a ciência deve servir às pessoas e as pessoas não devem ser postas a serviço da ciência. Ele fez ainda o convite para lembrar as três palavras célebres deixadas pela revolução francesa que são a: liberdade, igualdade e fraternidade, e concluiu a colocação questionando: “O século XIX exaltou a liberdade; o século XX, a igualdade. Será que o século XXI priorizará a fraternidade, a solidariedade?”

domingo, 9 de outubro de 2011

Os múltiplos fatores que levam às drogas

"O uso indevido do uso e abuso das drogas é fruto de uma multiplicidade de fatores.

Fatores de Risco >> são os que tornam a pessoa mais vulnerável a ter comportamentos que podem levar ao uso ou abuso de drogas.

Fatores de Proteção >> são os que contrabalançam as vulnerabilidades para os comportamentos que levam ao uso ou abuso de drogas."

sábado, 8 de outubro de 2011

Entre uma droga e outra



Ventilam por aí notícias de movimentos que se organizam, para obterem a liberação de drogas consideradas leves. Na Argentina, a maconha já obteve absolvição da justiça, “desde que seu uso seja acompanhado de uma intensa campanha de conscientização sobre os malefícios que causa”. No Brasil, acontecem alguns congressos, capitaneados por autoridades de renome nacional, com o mesmo objetivo de liberar certas drogas.

Enquanto isso, na Espanha duas crianças foram internadas por estarem viciadas no uso de celulares. “As duas mostravam um comportamento perturbado e isto era notado nos problemas (sic) na escola, além de terem graves dificuldades para levar uma vida normal”, disse a médica. Os pais a presentearam com os telefones há 18 meses e, desde então, as crianças faziam de tudo para conseguir dinheiro, gasto nos celulares. Mal se alimentavam, ficavam irritadas com freqüência e demonstravam um comportamento anti-social.

Da mesma forma, muitas são as crianças dependentes de outros aparelhos da modernidade, em especial computadores, videogames, jogos eletrônicos e aparelhos musicais. Vivem num mundo virtual, quando não um mundinho particular, que as isola dos deveres e da realidade, pela falta de interlocutores ou de atividades grupais de lazer. Isolam-se em seus castelos de posses e interatividade fictícia, pois ao mesmo tempo em que estão sintonizadas com a evolução tecnológica, são tristemente marginalizadas pela falta de calor humano. Viciam-se no individualismo coletivo de um mundo globalizado.

Qual a pior das drogas? Aquela que vai direto à veia e perfaz a corrente sanguínea em direção ao cérebro ou aquela que do cérebro atinge o coração carente de amor, de relacionamento, de atenções e carinhos? Ambas são fatais - não estou aqui para aumentar ou diminuir a nocividade de uma em detrimento da outra -, mas, antes de abrir mão das leis que penalizam as drogas leves, precisamos impor restrições às drogas que nos alienam sem nossa percepção. A pior delas vem embalada como belos presentes, quitutes da tecnologia que afagam momentaneamente os corações das crianças e isentam certos pais de suas culpas no trato com os filhos. Empanturrar crianças com mimos da modernidade, sem um mínimo de critérios ou normas familiares, é uma forma de “abafar o silêncio” dentro de casa, a falta de tempo, de diálogo, de amor. Aqui começa o caminho das drogas.

Há de se destacar que drogas existem onde inexiste o amor. Onde a infância não foi vivida na sua plenitude, na simplicidade de sua poesia, tempo de descobertas, de aventuras, de tombos e de saltos, de risos e lágrimas muitas vezes. Dizia o poeta Monsaraz: “Triste daquele a quem falta/Na vida que se evapora/Uma criança que salta/Que canta que ri e chora”. Uma criança livre, porém amada! Sem necessidade de nada que justifique seu desinteresse pela família, pela escola, pela vida.
 

Agora, entre uma droga e outra, a pior delas é essa preocupação farisaica em graduar seus malefícios. Essa é leve, aquela fatal. Essa pode, aquela não. Como se a simples classificação pudesse redimir a sociedade de suas culpas em relação ao uso delas. Tudo que conduz a atitudes de fuga do indivíduo – mesmo o isolamento voluntário, a insanidade de alguns e o indiferentismo de outros – é sintoma de um mal maior: a falta de afetividade entre seus pares. Acima da lei está a liberdade de escolha dos próprios caminhos. A escolha certa se dá com o natural discernimento entre o que é bom ou ruim. Discernimento que nasce de uma referência positiva na vida. “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1 Cor 6,12).  


Fonte: Wagner Pedro Menezes 
Local:Assis (SP)
Inserida por: Administrador
Familia na Prevenção